3 de dezembro de 2007

Chineses constroem “uma central de Sines” de quatro em quatro dias


No mundo ideal, as casas quase não gastam energia, o sol e o vento é que produzem electricidade e ninguém mais teme o aquecimento global. No entanto, não é o que está a acontecer.
O relatório anual sobre o futuro energético global (World Energy Outlook 2007), diz que a humanidade consumirá ainda mais petróleo e carvão em 2030 do que hoje. E qualquer solução para aliviar os problemas da dependência dos combustíveis fósseis passará pela China e pela Índia, os dois "gigantes emergentes da economia mundial e do mercado energético", como diz o documento.

Pois só em 2006, a China construiu 105 gigawatts de potência em centrais térmicas, sobretudo a carvão. Isto significa, em média, instalar uma central como a de Sines - a maior de Portugal - a cada quatro dias. A Índia, segundo o WEO2007, vai precisar de 400 gigawatts de capacidade adicional até 2030. Tudo se mede em números superlativos. A frota automóvel chinesa era de 5,5 milhões de veículos em 1990. Em 2005, tinha subido para 37 milhões e até 2030 explodirá para 270 milhões. As vendas de carros novos deverão superar as dos Estados Unidos já em 2015.

Outra evidência do relatório é a de que a utilização do carvão - o mais sujo dos combustíveis fósseis - vai continuar a subir em flecha, cerca de 73 por cento entre 2005 e 2030, num cenário de referência, que conta apenas com as políticas que já estão em curso neste momento. Mais uma vez, a China e a Índia são as locomotivas: ambas respondem por 80 por cento deste aumento.

Mesmo com os preços actuais a chegarem aos 100 dólares o barril, o consumo de petróleo também sobe no futuro. Em 2030, poderá chegar aos 116 milhões de barris por dia, 37 por cento mais do que hoje.
O petróleo ainda continuará a ser a fonte de energia mais usada, embora o seu peso diminua.

Fonte: http://economia.publico.clix.pt

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